A ABL vai bem, mas pode e vai melhorar!

Eu junto com os finalista da etapa de Ipitanga/BA.
Jeferson da Silva(2º) e Carlos Bahia(1º)

Após, a terceira etapa do circuito brasileiro, a galera do longboard pode continuar comemorando o bom início de vida da Associação Brasileira de Longboard. Porém a euforia não pode tomar conta, pois é preciso estar atento aos detalhes que precisam ser corrigidos.

A etapa realizada na praia de Ipitanga teve as piores ondas das três etapas realizadas no mês de julho, o vento soprou forte durante os três dias de campeonato e durante a semana, e  a maior parte dos atletas criticavam as ondas do pico.

A questão não é apenas criticar as ondas, mas pelo que pesquisei o pico não tem tradição em campeonatos, aliás, surfei a semana inteira no local do evento e não vi ninguém além dos atletas que estavam treinando, quase não vi surfistas “locais” por lá...

Estrutura montada em Ipitanga/BA
Foto: Carlos Matias/RicoSurf.com

É preciso ter melhor critério técnico com a escolha dos locais dos campeonatos. Além de ter apoio do governo, prefeitura, vontade do patrocinador é preciso dar atenção a qualidade da onda! Vento no nordeste é um fato, mas mesmo com vento constatamos este ano que a onda do Cupe é melhor que a onda de Maracaípe para o longboard. Itacimirim ventou, mas a onda estava surfável, permitia variação de manobras, conexão entre o outside e inside.

Mas a insatisfação não foi apenas por conta das ondas, sem contar com o sistema de replay utilizado nas etapas anteriores, o julgamento gerou descontentamentos e confirmou necessidade do recurso do vídeo. Conversas indicam que o sistema de replay, deve passar a ser obrigatório nos eventos da ABL.
Com a proposta de renovação e criação de um quadro técnico, para entidade, alguns novos nomes surgiram nas cadeiras de julgamento. Os atletas estão atentos ao trabalho de todos e junto com a direção técnica, buscam por juízes comprometidos e com conhecimento do surf de longboard.

Outros itens importantes já estão sendo tratados pela diretoria da ABL, como representante dos atletas encaminhei alguns sugestões para análise e futura inclusão no livro de regras. Certamente ainda há muito a se melhorar, mas é fato que estamos no caminho certo.
Aos que apenas alertam sobre os problemas, fica o convite: junto com as críticas, proponham as possíveis soluções.

Importante resaltar todo empenho do nosso presidente Geraldo Cavalcanti, que é sem dúvida o maior responsável por esse momento do longboard brasileiro.
Nesta inédita perna nordestina a familia longboard, mais uma vez deixou a mar da "vibe positiva" por onde passou. Parabéns a todos membros efetivos da ABL, atletas, patrocinadores (dos eventos e dos atletas) e mídia em geral!

Agosto, mês de pausa no circuito, nos encontramos em setembro, em Santos/SP.

Aloha!
Alex Leco